Fundada no início do século 16, Trujillo, situado no norte
do país, foi apelidada como “cidade da eterna primavera”, pelo clima ameno que
predomina durante todo o ano. O senhor sentado na praça, trujillano de nascença, conta que por ali, o vento suave das tardes e a "garúa" das noites, amacia o coração de seus moradores.
Sem dúvida é um povo suave, alegre, de sorriso fácil. Um ótimo lugar para fugir do óbvio, na hora de viajar, se integrar com a cultura peruana e se apaixonar
O que fazer
O que fazer
Trujillo evidentemente não é primeira, nem segunda opção para turistas visitarem no Peru. Brasileiros, então, nem sinal. Com cidadãos acolhedores que só, o local parece mesmo ter ideal para passagem de mochileiros que seguem viagem pela América do Sul ou mesmo um pit-stop para surfistas de todo o mundo, que recorrem o litoral peruano em busca de “altas ondas”.
As construções do centro histórico datam do século 18 e 19 e pintadas em tons fortes e cores quentes, parecem querer minimizar a atmosfera e paisagem desértica que figura em grande parte da costa peruana e seus arredores.
Então, se você quer apenas conhecer mais da cultura do país
e desacelerar um pouco, esse é o seu lugar. Aproveite seu tempo livre e passeie
pela Plaza de Armas (foto), visite o Palacio Municipal, onde te dão um resumo da história
política da cidade, vá ao mercado de artesanato Apiat, na Av. España, conheça o
Mural Artístico da Universidad Nacional de Trujillo, considerado o maior da
América Latina, conta, em imagens feitas com pastilhas, a história do Peru, e
assista uma apresentação de marinera, dança típica da região.
No mais, caminhe despretensiosamente, e deixe que a cidade
te surpreenda. Para mim, o destaque de Trujillo está justamente no jeito amável
dos nativos, então, puxe papo sempre que puder. Se não puxarem antes.
Outro ponto fortíssimo da cidade é a culinária, muito boa e barata! No centro mesmo você encontra mil opções de comida, em especial, lugares que servem peixes e mariscos curtidos no limão (ceviches <3 veja na foto) e a famosa chifa, fusão da comida chinesa e peruana, que é muito comum no país.
Não precisa procurar muito para achar coisa gostosa, mas,
por ter ido mais de uma vez, recomendo os deliciosos pratos do Siete Mares e Chifa Chung Heng. Tenha
em conta duas coisas: os pratos são sempre bem servidos e muito apimentados.
Caso não seja fã de comida picante, peça para fazerem mais suaves e com menos “picor”.
À noite você pode comer de novo, haha, ou ir a uma balada
dos nativos. Dois pubs com bandas de música peruana – em especial rock – que fui
e recomendo são o Nuestro Bar
e TributoBar. Não se assuste se do nada começarem a tocar uma salsa ou cumbia, é da
cultura deles.
Turistão
Não tem como fugir desses programas turísticos, nem em Trujillo. Mas valem a pena. Vamos lá:
Não tem como fugir desses programas turísticos, nem em Trujillo. Mas valem a pena. Vamos lá:
- Ruínas de civilizações pré-incas: Nas proximidades de Trujillo, viveram três civilizações pré-incas: Chan Chan, Chimú, Moche e suas ruínas podem ser vistas, respectivamente, em Chan Chan, Huacas del Sol y de la Luna e Huaca Arco Iris ou El Dragón. As histórias dos lugares são incríveis e compensam o fato de, esteticamente, eles não serem lá essas coisas.
- Praia de Huanchaco (foto): Não vá esperando ver uma praia paradisíaca, pois você, como eu, vai se decepcionar. Huanchaco fica a uns 30min de Trujillo e é famosa entre os surfistas de todo o mundo. Aparentemente têm boas ondas, mas não as melhores do Peru. O fato é que as praias são de areia escura, água fria, e a cidadezinha cheia da galera do reggae e do surf.
Onde ficar
Hostal El Mochilero - Este é um albergue tranquilo, dirigido por um senhor muito simpático e solícito, seu Harry, e está situado a poucas quadras da Plaza de Armas de Trujillo, no centro, próximo de pontos de ônibus para a praia de Huanchaco e outras partes da cidade.
O barulho de trânsito é tolerável e, na região, você
encontra supermercado, restaurantes e agências para fazer os tours nos
arredores.
O astral do albergue é muito bom e as festas só acontecem se
você propuser uma (claro que eu propus =D). Os preços variam de 20 a 30 soles –
de 15 a 23 reais – em quartos de casal ou compartilhados com oito camas. Não há
banheiros privados.
Ah! E para que servia o tal pregador de roupas que Seu
Villanuevas tinha na barra da calça? Para evitar que a roupa agarrasse no pedal
de sua inseparável bicicleta. Afinal, a cidade oferece muitos perigos. ;)
PS da amizade: Um agradecimento especial aos meus queridos amigos peruanos que me deram o prazer de conhecer Trujillo: Christian, Julio e Marco.
0 comentários:
Postar um comentário